Pouco mais de 200 trabalhadores da empresa madeireira Jihad Madeiras 2007 (JM7) estão em vias de perder emprego, pelo facto de o mercado internacional demandar pranchas (madeira processada) com espessura a partir de 20 centímetros, quando a legislação moçambicana impõe que a espessura seja até 12.5 centímetros.
A JM7, que opera na província da Zambézia, avisou que terá de fechar as portas e, consequentemente, despedir os trabalhadores. “Nós estamos apertados, porque a lei moçambicana de floresta diz uma coisa e o cliente na China quer outra. Isso coloca a empresa numa situação complicada, pois precisamos de funcionar. Mensalmente, gastamos um milhão de meticais em salários com os trabalhadores, para além da logística do funcionamento da firma”, desabafou o gerente da JM7, Ali Saleh Hawil.
É que a alínea b) do artigo 1 do diploma ministerial 142/2007, de 14 de Novembro, determina que “os padrões para a transformação primária de toros de todas as espécies florestais produtoras de madeira passam a ser pranchas ou madeira serrada com espessura de 7.5 cm a 12.5 cm, largura superior a 12 cm e comprimento igual ou superior a 80 cm”.
Esta obrigatoriedade do diploma ministerial é um obstáculo para a empresa JM7 aceder ao mercado chinês, que quer pranchas com 20 cm de espessura mínima. Aliás, esta empresa revela ter investido milhões de dólares na aquisição de equipamentos de corte e serração da madeira, um investimento que poderá “ir por água abaixo”, caso o Governo não ceda às exigências dos compradores chineses.
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