A
chefe da bancada parlamentar da Frelimo, partido no poder em Moçambique,
defendeu a união para ultrapassar as crises económica e políticas. A solução do
país está nos próprios moçambicanos.
Bancada
parlamentar de Frelimo defende que a solução do país está nos próprios
moçambicanos
A
chefe da bancada parlamentar da Frelimo, partido no poder em Moçambique,
defendeu esta sexta-feira, que é a união que fará ultrapassar as crises
económica e política, considerando que a solução para os problemas do país está
nos próprios moçambicanos.
“Cada um de nós tem de dar o seu contributo para que se ultrapasse estes desafios, a solução está nos moçambicanos”, declarou Margarida Talapa, falando a jornalistas, à margem de um encontro com quadros do partido na cidade de Maputo para a preparação do 11.º Congresso da Frelimo.
Num
momento em que a economia moçambicana é abalada pela desvalorização do metical
face ao dólar, subida do custo de vida, aumento da inflação e redução do
investimento e da ajuda externa, Margarida Talapa entende que Moçambique não
pode continuar a depender de outros países, considerando que o aproveitamento
do potencial de que o país dispõe passa pela “entrega total de todos os
moçambicanos”.
“Além de amar o trabalho, precisamos de produzir mais”, declarou a chefe da bancada parlamentar da Frelimo, acrescentando que o povo não pode ficar simplesmente à espera de soluções do Governo.
No
que respeita à crise política, que opõe as forças dominantes em Moçambique, a
chefe da bancada da Frelimo voltou a acusar a Resistência Nacional Moçambicana
(Renamo), maior partido de oposição, de estar a desestabilizar o país,
acrescentado que o partido de Afonso Dhlakama não está interessado na paz.
“Nós temos aqui uma oposição que, depois das eleições, nunca aceita os resultados”, afirmou Talapa, acrescentando que a Renamo não entende que o poder pertence ao povo e é este que decide quem deve governar.
O
maior partido de oposição exige governar em seis províncias onde reivindica
vitória eleitoral nas eleições gerais de 2014, acusando a Frelimo de ter
cometido fraude no escrutínio.
A
região centro e norte de Moçambique tem sido palco de confrontos entre o braço
armado do principal partido de oposição e as Forças de Defesa e Segurança e
denúncias mútuas de raptos e assassinatos de dirigentes políticos das duas
partes.
As
autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas
estradas e ataques em localidades do centro e norte de Moçambique, atingindo
postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde
ou alvos económicos.
A
Renamo, por sua vez, acusa as Forças de Defesa e Segurança de investidas militares
contra posições do partido.
Apesar
dos casos de violência, o Governo moçambicano e a Renamo voltaram ao diálogo em
Maputo, na presença de mediadores internacionais.
[FONTE: Lusa]
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