sexta-feira, 25 de novembro de 2016

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"Partilha de poder não periga unidade nacional"- Afirma Michel Cahen

Michel Cahen é professor e pesquisador francês e director da Casa de Velásquez em Madrid.

Michel Cahen lembra que Moçambique é um país "muito heterogéneo", onde nenhum grupo étnico tem a maioria, e como tal "não pode ser representado só por um partido político". 

Aponta a descentralização como o ponto fulcral desta crise político-militar e sustenta que seria um avanço a aceitação por parte da FRELIMO, no poder, que algumas regiões do país fossem governadas por um partido da oposição. "É uma situação muito clássica na Alemanha ou na França. É uma partilha do poder que não põe em perigo a unidade nacional", exemplifica.

"Mas na tradição política da FRELIMO qualquer enfraquecimento da unicidade do poder político já significa pôr em causa a unidade nacional", refere e finaliza: "O que não corresponde em nada com a situação de Moçambique."


O professor espera que as negociações se desenvolvam no bom rumo "porque senão a RENAMO não se vai render". Além disso, acrescenta, "há muitos jovens que querem entrar em guerra" e estes estão a ser travados "porque o presidente do partido, Afonso Dhlakama, é um moderado".

[FONTE: DW]

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