Moçambique é um dos dez países mais afectados pela SIDA no mundo, mais de cem pessoas morrem diariamente, mais de oitocentas mil pessoas infectadas pelos vírus da Sida poderão deixar de receber tratamento anti-retroviral no país onde a taxa de sero prevalência é de 11.5%.
A desvalorização do metical, moeda nacional face, ao dólar norte-americano aliado a falta de recursos financeiros são os culpados desta situação de acordo com um estudo citado por Ema Chuva do Conselho Nacional de Combate ao HIV SIDA – CNCS.
"Os recursos neste momento não são suficientes. Se nós não fizermos nada, tanto nacional como internacionalmente, vamos ter consequências que não são agradáveis para nenhum de nós".
Os custos do tratamento da doença poderão atingir nos próximos anos 250 milhões de dólares por ano representando um agravamento devido à entrada em vigor de novas regras de tratamento introduzidas pela Organização Mundial da Saúde.
Falta de Enfermeiros
Entretanto, outro dado preocupante revelado agora pelo ministério da Saúde refere que o país regista um elevado défice de enfermeiros. A situação está a condicionar a prestação de serviços de qualidade aos utentes do serviço nacional da saúde. Moçambique têm um rácio de 4.6 enfermeiros para cada dez mil habitantes, números aquém do recomendado pela Organização Mundial da Saúde OMS fixados em 1 enfermeiro para cada mil pessoas.
O Ministério da Saúde, que reflecte em Maputo sobre a situação dos enfermeiros, quer no futuro aumentar o número de enfermeiros e o implementar as boas práticas profissionais no país.
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