O Banco Mundial nunca chegou a suspender formalmente o
apoio directo ao Orçamento do Estado(OE) de Moçambique na sequência da
descoberta dos empréstimos das empresas Proindicus e MAM. Entre Janeiro de 2016
e Março de 2017 esta instituição financeira colocou directamente no erário mais
330 milhões de dólares norte-americanos.
Ao contrário do Fundo Monetário Internacional(FMI) que
suspendeu a sua ajuda financeira directa ao OE, após ter descoberto em Abril do
ano passado que o Estado moçambicano havia emitido Garatias, violando a
Constituição da República, para os empréstimos das empresas Proindicus e
Mozambique Asset Management(MAM) no montante de 1,157 bilião de dólares
norte-americanos, o Banco Mundial não suspendeu a ajuda financeira directa que
faz ao OE.
Embora o The Wall Street Jounal, citando uma fonte não
identificada do Banco, tenha noticiado em Abril de 2016 que a instituição
financeira de Bretton Woods iria suspender o apoio directo ao Orçamento de
Moçambique e que pelo menos 40 milhões de dólares norte-americanos já não
seriam canalizados durante o ano findo a verdade é que essa notícia foi
desmentida, pouco tempo depois, pelo diretor do Banco Mundial para Moçambique.
“Quero colocar claramente on the record que este não é o
caso (de congelamento). Não houve nenhum pronunciamento sobre isso. Não há
nenhuma questão de suspensão ou qualquer tipo de congelamento”, afirmou Mark
Lundell à agência noticiosa portuguesa Lusa em Abril de 2016.
“É importante lembrar que Moçambique é um país
beneficiário da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) e tem um
risco moderado de sobre-endividamento. Qualquer potencial análise em baixa da
estabilidade da dívida poderá afetar o montante global dos recursos disponíveis
para os próximos anos”, acrescentou Lundell.
[FONTE: @Verdade]
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