Educar passa por ensinar e criar rotinas, explicar o
que está certo e errado, colocar amor em todas as ações com os seus filhos.
Educar deve refletir-se nas atividades diárias, como por exemplo ensinar o seu
filho a manter hábitos saudáveis e a fazer melhores escolhas alimentares,
informando-o de todas as características nutricionais dos alimentos.
A alimentação infantil tem como objetivo proporcionar
um saudável crescimento e desenvolvimento, evitar os défices de nutrientes
específicos e estabelecer hábitos alimentares corretos que, posteriormente,
permitam prevenir problemas de saúde associados à dieta, como a hipertensão
arterial, a obesidade, entre outros. Esta alimentação deverá ajustar-se às contínuas
alterações que a criança experimenta ao longo do seu crescimento.
Quando o bebé nasce a alimentação é uma das maiores
prioridades dos pais. Durante a fase de crescimento, a preocupação e o cuidado
assentam essencialmente na introdução alimentar. Os horários das refeições são
controlados e existe um cuidado particular no tipo de alimentos a consumir.
Se esse cuidado é assim tão visível qual então a razão
para as estatísticas assustadoras de obesidade infantil em Portugal? É simples.
Os cuidadores são acompanhados nessa fase inicial mas a partir de uma faixa
etária média (a partir dos cinco-seis anos) ficam “perdidos”. A alimentação
deixa de ser uma preocupação primordial. Os snacks simples e açucarados passam
a ocupar o lugar de opções frescas e saudáveis.
Tudo isto se torna num ciclo vicioso fazendo com que a
criança se habitue a estes sabores desde pequena, criando também picos de
glicémia que a fará ter menor desempenho escolar e uma sensação constante de
fome insaciável.
O que muitas vezes acontece é existir ainda presente a
ideia de outrora de que a criança tinha de ser “rechonchuda” para que tivesse
um ar saudável e estivesse bem nutrida. Essas são ideias do passado que muito
se refletiram na idade adulta. A obesidade traz consequências graves a longo
prazo e é isso que é importante entender.
Tal como se estabelecem regras e limites para as atividades
diárias, o mesmo deve ser feito com a alimentação. É claro que muitas vezes, já
cansado, lhe apetece fugir pelo caminho mais fácil, mas tenha sempre em conta
que o alimento é o combustível de qualquer indivíduo e deve ser escolhido de
forma cuidada para que consiga estar apto às atividades diárias. Utilizar a
criatividade desde cedo é também a chave do sucesso.
Se a falta de tempo é justificação como pode então
garantir que o seu filho cresce de forma saudável, com um bom desempenho
cognitivo, sistema imunitário fortalecido e bem-estar geral? Se somos aquilo
que comemos então porque estamos a desprezar aquilo que é primordial?
Confira as 10 Estratégias para educar as crianças a
bons hábitos alimentares:
1. Cozinhe em conjunto com o seu filho. Fazer snacks
como bolachas caseiras com fruta, sem açúcar adicionado e com formas de bonecos
2. Desenvolva atividades em família que promovam a
atividade física.
3. Crie regras alimentares durante a semana
4. Utilize o jogo do semáforo colocando os alimentos
açucarados com a cor vermelha. Pode pintá-los com uma bola vermelha e negociar
com o seu filho que os de cor vermelha ficam reservados para dias de festa, os
de cor amarela pode consumir apenas uma vez por semana e os de cor verde pode
consumi-los diariamente.
5. Explicar os benefícios de alimentos com personagens
infantis.
6. Faça uma ementa semanal em que duas das refeições
pode ser o seu filho a escolher o que vai querer comer. Deste modo ele
sentir-se-á também responsável pelas suas escolhas.
7. Dividir o prato por cores e tentar que existam pelo
menos três cores diferentes.
8. Lembre-se que as crianças agem por mimese. Terá de
ser o exemplo para que educar faça sentido.
[FONTE: Lifestyle]
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