quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CHEFE DO POVOADO DE BALEADO MORTALMENTE EM GORONGOSA

O chefe de um povoado na localidade de Muzuanguguni, Paulo Tomo José, foi baleado mortalmente na madrugada de terça-feira na sua própria casa, no posto administrativo de Vunduzi, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala. A autoria do acto macabro foi atribuída aos homens armados presumivelmente da Renamo, com o objectivo de silenciar o homem de 62 anos de idade, membro da Frelimo, que ofuscava as actividades políticas do partido liderado por Afonso Dhlakama naquela zona que faz limite com os distritos de Cheringoma e Marínguè. O jornal Diário de Moçambique escreve na sua edição de hoje que o caso ocorreu cerca de 01h00 da madrugada de terça-feira, altura em que um grupo de quatro homens armados invadiu a casa do José que se escondeu debaixo da cama quando se apercebeu da presença de estranhos no interior da sua residência. Já dentro da casa, eles ameaçaram a esposa, Rudia Feliz Candeeiro e os quatro filhos, facto que criou pânico na família. A fonte avança que José viria a ser descoberto debaixo da cama, tendo sido arrastado para fora da casa e alvejado a cerca de cinco metros da porta principal com dois tiros, um no peito e outro no ombro. A vítima permaneceu no local desde a hora da ocorrência do acto e só veio a morrer cerca das 04h00 o que demonstra que não houve pronto-socorro. Aliás, relatos no local referem que para além de não ter sido socorrido o ferido, os vizinhos fugiram devido ao medo, exacerbado pelo facto de o posto de saúde mais próximo estar localizado a 27 quilómetros. Os restos mortais de José, que deixa esposa e quatro filhos menores, três dos quais de sexo feminino, foram a enterrar no cemitério local por volta das 20 horas. A Frelimo em Sofala havia denunciado há dias casos de perseguição, rapto e espancamento de seus membros nos distritos de Gorongosa, Marínguè, Chibabava, Nhamatanda, tendo atribuído a autoria dos crimes a Renamo. Entretanto, correm rumores de que os homens armados vão continuar a criar terror naquele ponto da província, sobretudo contra aqueles que denunciá-los, facto que está a semear medo nas populações locais, havendo gente que pensa em abandonar suas casas para procurar lugares seguros.

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