sábado, 30 de janeiro de 2016

Eurocépticos alemães admitem uso de armas contra refugiados, mas apenas em casos extremos

A líder da euro-céptica
Alternativa para a Alemanha (AFD), Frauke Petry, admitiu hoje “o uso de armas” contra os refugiados que atravessam ilegalmente a fronteira, mas apenas em casos de extrema necessidade. Em declarações ao jornal "Mannheimer Morgen", Frauke Petry advertiu ainda que nem os muros mais altos podem travar a ânsia dos refugiados de chegar à Europa. "Nenhum polícia quer disparar sobre um refugiado, nem eu. Mas numa situação de última necessidade, devemos fazer uso das armas", disse a líder partido populista de direita. Aludindo ao caso de Espanha, Frauke Petry afirmou que os muros mais altos não conseguiram deter os imigrantes, sublinhando que estes “vão continuar a tentar” chegar à Europa. "Precisamos de controlos fronteiriços completos para que não atravessem, através da Áustria, tantos refugiados não registados", defendeu a líder da AFD. Mas para isso, sustentou, é preciso haver “polícias suficientes na fronteira” que “não hesitem” na hora de rejeitar estas pessoas. Questionada sobre como deve agir um polícia se um refugiado conseguir escalar um muro e entrar em território alemão, Frauke Petry disse que "deve impedir a sua entrada ilegal, e em caso de necessidade, fazer uso da arma de fogo", sublinhando que está protegido pela lei. A entrevista a Frauke Petry ocorre numa altura em que se debate a exclusão da AFD nos debates televisivos para as eleições regionais de 13 de Março na "Länder" de Baden-Württemberg, Saxônia-Anhalt e Renânia-Palatinado. A líder da AFD é presença habitual nos debates televisivos, mas a sua presença não está prevista nos duelos da campanha eleitoral com o argumento de que é uma formação extraparlamentar. As sondagens apontam que a sua formação vai conseguir assentos em câmaras regionais e que, no caso de haver eleições gerais antecipadas, poderia estabelecer-se como a terceira força política a nível nacional, depois de os democratas-cristãos de Angela Merkel e do Partido Social-Democrata (SPD).

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