quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Nações Unidas denunciam “número obsceno” de civis mortos no Iraque

O novo relatório das Nações Unidas sobre o Iraque fala de uma realidade já conhecida, mas os números ajudam a ex­plicar por que há tantas pessoas em fuga do país. Perto de 19 mil civis foram mortos nos últimos dois anos e são já mais de três milhões os que foram obriga­dos pela violência a deixar as suas casas. A encabeçar as atro­cidades está o Estado Islâmico, que terá em seu poder 3500 pessoas, na maioria mulheres e crianças.“Mesmo o número obs­ceno de mortos não consegue reflectir com exactidão o quão terrível é o sofrimento dos civis no Iraque”, disse Zeid Ra’ad al­-Hussein, alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, na apresentação do relatório elaborado em conjunto com a missão da ONU no país, em conflito permanente desde a invasão norte-americana, em 2003. Além da impossibilidade de documentar todas as mortes nas zonas sob controlo do Esta­do Islâmico, Hussein diz que a estatística só será correcta se in­cluir os que morreram “por não terem acesso à comida, água ou tratamentos médicos”.

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