sábado, 16 de janeiro de 2016
PIMO lança projecto sobre desenvolvimento sustentável
O PARTIDO Independente de Moçambique (PIMO) concluiu a elaboração do que designa “Projecto de Desenvolvimento Sustentável do País”, baseado no incremento da agricultura familiar, com a denominação “Novo Moçambique”, que será brevemente lançado. De acordo com o líder desta formação política da oposição extra-parlamentar, Yá-Qub Sibindy, trata-se de um projecto económico que consagra a família como parceiro estratégico do Estado na planificação e partilha equilibrada das riquezas do país, cuja materialização não depende totalmente de fundos provenientes do Orçamento do Estado, como também visa não endividá-lo. Segundo Sibindy, este empreendimento conta com um consórcio tripartido comparticipado por três recursos, nomeadamente: recursos naturais de Moçambique, recursos financeiros de países árabes, islâmicos e outros bem como de recursos tecnológicos oriundos, principalmente, do mundo ocidental. “O “Novo Moçambique” significa promoção e lançamento de novas formas de desenvolvimento sustentável do país baseadas na imparcialidade, envolvendo todas as forças vivas da sociedade, sem olhar para as cores partidárias e nem qualquer outra diferença entre os moçambicanos”, afirmou Sibindy em declarações ao “Notícias”. Segundo ele, o consórcio tripartido “entre os três mundos que fazem o triângulo de desenvolvimento” pretende atrair investimentos tecnológicos e financeiros dos dois mundos mais pujantes, respectivamente o ocidental e o árabe, com vista à exploração dos recursos naturais de que Moçambique dispõe para o benefício directo dos moçambicanos, que através das suas famílias terão uma participação directa nos projectos inerentes, como accionistas que participam com os seus 10 hectares de terra cada. FAMÍLIA COMO UNIDADE DE PLANIFICAÇÃO DO ESTADO DE acordo com o projecto do PIMO, a família é um Estado em miniatura, ou seja, a génese das actividades do Estado tem a sua base no seio familiar, que por sua vez está inserida numa comunidade, que se encontra na sociedade e que o seu conjunto forma o Estado. A família é tão importante que para se medir o nível de vida ou o nível de desenvolvimento humano de um país o estudo estatístico recorre a certo número de famílias. A família vai servir de termómetro para medir o nível de desenvolvimento do país. “Concludentemente o projecto “Novo Moçambique” está convicto de que o desenvolvimento tem os seus índices no seio familiar, havendo necessidade de potenciar estas famílias de meios com vista a fazer uma verdadeira descentralização sustentável e responsável do Estado”, defende Sibindy. Segundo o estudo, realizado no âmbito deste projecto, os cerca de 24 milhões de moçambicanos estão inseridos em pouco mais de 3.6 milhões de famílias, sendo que a proclamação da independência anunciou igualmente as famílias como núcleos do Estado que fazem o conjunto da nação moçambicana. Assim, no âmbito de “Novo Moçambique” pretende-se promover e criar uma nova consciência económica da burguesia familiar, baseada no capitalismo social, em oposição ao capitalismo vigente desde a proclamação do multipartidarismo e adesão de Moçambique à economia de mercado. Para os promotores desta iniciativa, o desenvolvimento do Estado deve partir da família, tendo em conta que esta constitui um Estado em miniatura, ou núcleo do Estado. Nesta perspectiva, espera-se que as famílias passem a participar pela primeira vez desde a proclamação da independência nacional, de forma directa, na planificação do desenvolvimento das suas comunidades e na exploração local dos seus recursos. As famílias passam a ser sujeitos activos na negociação de investimentos de exploração de recursos naturais nas suas comunidades, como accionistas directos de mega-projectos com mediação do Estado. Para esta iniciativa as actuais formas de envolvimento das comunidades na exploração dos recursos naturais, que se limitam a benefícios de responsabilidade social, não encontram enquadramento no Grande Projecto. “A construção de escolas, hospitais e outras infra-estruturas públicas nas regiões de exploração dos recursos naturais não compensam com real validade os recursos pertencentes às comunidades beneficiárias”, avaliou Sibindy, para depois referir que o “Novo Moçambique” defende a partilha de lucros entre os donos dos mega-projectos e as famílias com a mediação justa do Estado, permitindo, deste modo, o acesso directo dos benefícios que o país possui.
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