sábado, 23 de janeiro de 2016

Professores contratados abaixo das necessidades

A CIDADE de Maputo está em processo de contratação de 259 novos professores, número abaixo das necessidades estimadas pelas autoridades da Educação e Desenvolvimento Humano para o presente ano lectivo. Antonino Grachane, director do sector ao nível da capital, disse que o ideal seria a admissão de 450 docentes, mas só há condições para 259. Mesmo assim as autoridades consideram aquele número razoável, de modo que não haverá turmas sem professores. O processo de contratação de professores na cidade de Maputo está já na fase de avaliação das candidaturas submetidas, esperando-se que seja finalizado antes do arranque do presente ano lectivo. Falando ao nosso Jornal, o responsável precisou que dos novos contratados 188 serão para o Ensino Primário do Primeiro Grau (EP1), 25 do EP2, 40 do Ensino Secundário Geral e seis para o Ensino Técnico Básico. Paralelamente à selecção dos professores a admitir decorre a formação de brigadas para orientar a abertura do ano lectivo ao nível de cada um dos sete distritos municipais de Maputo. A cerimónia central ao nível da capital decorrerá na EPC Unidade 30, uma escola localizada no bairro 25 de Junho, que foi recentemente reabilitada. Ainda no quadro dos preparativos do arranque do ano, decorreu entre os dias 4 e 18 de Janeiro corrente a distribuição de 503 mil livros da 1.ª à 7.ª classe e de 8500 manuais para os professores, num processo que envolveu técnicos da Educação e Desenvolvimento Humano e da Distribuidora Nacional de Material Escolar (DINAME). Questionado sobre as matrículas, o director da cidade disse terem terminado no dia 15, pelo que actualmente decorre a distribuição dos alunos por turmas e a elaboração dos horários. De salientar que decorrem diligências com a DINAME para se garantir a disponibilidade do livro de distribuição gratuita da 2.ª classe, conforme nos foi avançado pelo Departamento de Planificação. As movimentações devem-se ao facto deas necessidades daquele material terem ultrapassado as previsões iniciais, situação gerada pelo elevado índice de retenções na 2.ª classe registado nos exames reintroduzidos no ano passado. Cerca de 10 mil crianças reprovaram nos exames administrados a um universo de pouco mais de 33 mil inscritos na 2.ª classe. Às perto de 10 mil crianças juntam-se as que transitaram da 1.ª, acrescendo as necessidades do livro, que, contrariamente ao dos níveis subsequentes, funciona como caderno, não sendo daí reaproveitável no ano seguinte. Contudo, Grachane minimizou a situação, explicando que as estatísticas são sempre feitas com uma margem para evitar que algumas crianças fiquem sem o material didáctico.

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