O exército israeliano revistou na madrugada desta sexta-feira o canal de televisão palestino Falestine al-Yom, em Ramalllah, fechou suas instalações e prendeu seu director.
Israel acusa o Falestine al-Yom (A Palestina de Hoje) de ser porta-voz da organização Jihad Islâmica e de alimentar a violência.
Esta operação é a primeira desde que o governo israeliano anunciou, na semana passada, um endurecimento de sua política em relação aos meios de comunicação palestino.
O exército, que chegou a bordo de um comboio de jipes, apreendeu material de gravação e difusão, informou o canal.
As autoridades israeliano ordenaram o fechamento da redacção, indicou um porta-voz do exército. A transmissão, no entanto, continua.
O canal continuará transmitindo na Faixa de Gaza, território palestino separado geograficamente da Cisjordânia pelo território israeliano, indicou o Shin Beth, o serviço israeliano de inteligência e luta antiterrorista, que participou na operação.
O exército israeliano também prendeu o director do canal, Farouq Aliat, de 34 anos, o telegrafista Mohammed Amr e o engenheiro Chabib Chabib, indicou o sindicato de jornalistas palestino.
"Falestine al-Yom incita a cometer actos terroristas contra Israel e seus cidadãos. É uma ferramenta essencial da Jihad Islâmica para incitar a população da Cisjordânia à violência", afirmou Shin Beth em um comunicado.
"O director do canal é um da Jihad Islâmica, que já foi preso em Israel por suas actividades", acrescentou.
Israel considera a Jihad Islâmica, segunda força nos Territórios Palestino, uma organização terrorista, assim como a maioria dos movimentos palestino.
Este movimento denunciou em um comunicado "uma agressão israeliano contra os meios nacionalistas e resistentes". "Esta operação é apenas um episódio a mais na longa história de repressão e ocupação", afirmou.
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