Depois da suspensão no passado dia 27 de Julho devido ás questões logísticas, as negociações de paz em Moçambique, são hoje(8) retomadas com a participação dos mediadores internacionais.
As conversações entre o Governo moçambicano e a Renamo, estão focadas no primeiro ponto da agenda, sobre a exigência do partido de Afonso Dhlakama, que é de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Além da exigência da Renamo em governar em seis províncias, a agenda de negociações integra:
- A cessação imediata dos confrontos,
- A despartidarização das Forças de Defesa e Segurança, incluindo na polícia e nos serviços de informação, e
- A desarmamento do braço armado da Renamo e sua reintegração na vida civil.
A Renamo não reconhece os resultados das eleições gerais de 2014 e exige governar nas províncias de Sofala, Tete, Manica, Zambézia, Niassa e Nampula.
Forças de defesa e segurança de Moçambique |
A região centro de Moçambique tem sido atingida por episódios de confrontos entre os homens armados da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassinatos de dirigentes políticos das duas partes.
Homens da Renamo |
As autoridades atribuem à Renamo ataques que acorreram nas últimas semanas a unidades sanitárias e emboscadas nas principais estradas do centro do país, onde foram montadas escoltas militares obrigatórias em três troços de duas vias.
Os mediadores internacionais apontados pela Renamo são representantes indicados pela União Europeia, Igreja Católica e África do Sul, enquanto o Governo nomeou o ex-Presidente do Botswana Quett Masire, pela Fundação Global Leadership (do ex-secretário de Estado norte-americano para os Assuntos Africanos Chester Crocker), a Fundação Faith, liderada pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, e o antigo Presidente da Tanzânia Jakaya Kikwete.
[FONTE: Observador]
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