sexta-feira, 18 de novembro de 2016

TRAGÉDIA DE TETE: Explosão de um camião-cisterna mata mais de 70 pessoas e fere outras 97

Entre os feridos estão 16 menores de idade e uma mulher grávida, na sequência desta tragédia o governo moçambicano decretou três dias de luto nacional


Pelo menos 73 pessoas morreram e outras 97 ficaram feridas em resultado da explosão de um camião-cisterna, do qual as vítimas retiravam combustível, na quinta-feira (17), no distrito de Moatize, província de Tete. Entre os feridos existem 16 menores de idade e uma mulher grávida.

A tragédia aconteceu na localidade de Caphiridzange para onde se dirigiu um camião-cisterna viajava com destino ao Malawi, conduzido por um cidadão malawiano, que terá mudado da sua rota para efectuar uma paragem no local onde iria vender clandestinamente alguma da gasolina que transportava.


Informações preliminares indicam que centenas de populares, adultos e crianças de ambos os sexos, aproximaram-se do camião que pegou fogo, cerca das 15 horas, em circunstâncias ainda não esclarecidas. Todavia quinta-feira foi mais um dia muito quente na província de Tete, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia foi registada uma temperatura máxima de 38,4 graus celsius.

Na sequência do fogo o camião explodiu causando a morte de pelo menos 43 pessoas no local. Verónica de Deus, médica do Hospital provincial de Tete, disse a Rádio de Moçambique que foram recebidos 108 feridos todavia onze acabaram por não resistir as graves queimaduras que apresentavam.

A fonte acrescentou que dos 97 feridos internados, até cerca das 6 horas desta sexta-feira(18), 36 estão em estado muito grave, entre eles existem 16 crianças e uma mulher grávida.

O número de vítimas poderá aumentar pois muitos corpos terão ficado desfeitos com a explosão, o correspondente da Rádio Moçambique naquela província do centro do País reportou que muitas vítimas em chamas caminharam em direcção a um rio que existe nas proximidades na tentativa de apagarem os seus corpos em chamas.

Além de pessoal da Saúde foram mobilizados efectivos militares para apoiarem no resgate das vítimas para o Hospital provincial de Tete que dista cerca de 70 quilómetros do local da tragédia.

A venda clandestina de combustível, e o roubo a camiões-tanques, é uma prática habitual entre as comunidades pobres que habitam este corredor rodoviário que liga Moçambique ao Malawi.

Importa referir que o governo moçambicano decretou três dias de luto nacional.
 (Em actualização)

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