sábado, 4 de março de 2017

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Segundo os EUA há uma "guerra civil de baixa intensidade" em Moçambique

Essa situação é descrita pelo relatório anual sobre direitos humanos elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano, divulgado esta sexta-feira cunhada pela Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.


O relatório anual sobre direitos humanos elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano, divulgado esta sexta-feira, usa a expressão "guerra civil de baixa intensidade", cunhada pela Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, para descrever a situação no país.


“Os confrontos entre o governo e a Renamo, que a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos considera uma ‘guerra civil de baixa intensidade’, aumentaram nas zonas rurais do centro e noroeste do país e contribuíram para que mais de 10 mil pessoas escapassem para o Malawi”, descreve o documento.

Os EUA lembram as eleições de 2014, em que foi eleito Presidente Filipe Nyusi, da Frelimo, dizendo que observadores apontaram “falta de transparência” na contagem de votos e outras irregularidades.

O relatório diz que “o país viveu significativa revolta devido ao continuado conflito armado entre as forças de defesa e segurança e os militarizados membros do partido de oposição Renamo.”
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O Departamento de Estado recorda ainda a descoberta de valas comuns, noticiadas pela Lusa, e diz que “embora o governo tenha bloqueado acesso ao local, jornalistas encontraram cerca de uma dúzia de corpos espalhados nos arbustos à volta”.

“Apesar de uma investigação parlamentar não ter chegado a nenhuma conclusão definitiva [sobre estas valas comuns], foi a primeira vez que um comité de investigação deste género foi formado”, acrescentam os autores do relatório.

Os EUA entendem, assim, que “os problemas de Direitos Humanos mais significativos [no país] são o conflito interno, o fim arbitrário e fora-da-lei de vidas, e a falta de respeito pelas liberdades civis.”

O documento sublinha que o governo tomou alguns passos para investigar estas violações mas que “a impunidade continuou um problema a todos os níveis” e dá o exemplo de alegados “esquadrões da morte”, patrocinados pelo governo, para atingir membros da Renamo.

“O governo prometeu investigar estas ações, no entanto, até agora, nenhuma acusação foi feita”, conclui o relatório

[FONTE: Sapo24]

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